A sabedoria dos animes: Goku

Guilherme Ludwig
3 min readJul 1, 2016

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Os desenhos japoneses ensinam valiosas lições que vão além da clássica noção de certo e errado ou bem e mal. A sabedoria dos animes combate nossa ansiedade e nos inspira a buscar o melhor em todos os campos de nossa vida.

O menino macaco aprendeu a controlar a mente para evitar “movimentos desncessários”.

Para jovens da geração Y, nascidos nos anos 80 e 90, os animes embalaram a infância. Para alguns, é parte da vida até hoje.

Talvez, na infância ou adolescência, deixamos passar certas mensagens trazidas por personagens clássicos, como Goku, do Dragon Ball, Naruto e Kenshin, do Samurai X.

Amor pelo o que faz, disciplina e esforço são apenas algumas das virtudes seguidas por esses e outros tantos heróis dos animes.

Goku, o mais famoso, aplica nos combates dele lições valiosas para nossas vidas profissional e pessoal. O menino macaco vindo do planeta Vegeta não diz nada, ensina por meio de ações. É só observar.

De início, Goku adora desafios que o tiram da zona de conforto. Também fica emocionado quando conhece alguém mais forte que ele, e logo busca aprender com esses seres. Sempre que perde uma luta, não fica remoendo. Ele reconhece a derrota e busca um treinamento novo para se fortalecer.

Nosso herói é tão apaixonado pelo o que faz, que acredita na sua própria habilidade adquirida com esforço e disciplina. Ele não trapaceia nem passa por cima dos outros para chegar aonde quer. A humildade e amor dele são tão grandes que contagiam mesmo seus inimigos, que acabam se tornando amigos.

Até a meditar o menino macaco aprendeu quando o domínio da mente se fez necessário para derrotar o vilão mais poderoso no momento. E mesmo encarando situações adversas, Goku não enxerga como problema. Ele se anima, afinal, é mais uma oportunidade de se superar.

O sonho de Goku é se tornar o mais forte do universo, porém o que o inspira não é a vaidade. A maior inspiração de Goku é ajudar os outros. É pela vontade de servir aos mais fracos que o personagem passa por todos os obstáculos.

No livro “O monge e o executivo”, de James C. Hunter, apresentam-se princípios que formam um bom líder. Goku segue todos eles:

  • Paciência: mantém a postura e o autocontrole.
  • Bondade: dá atenção às necessidades dos outros.
  • Humildade: não age com orgulho ou arrogância.
  • Respeito: trata todos como se fossem importantes.
  • Abnegação: satisfaz as necessidades dos outros.
  • Perdão: desiste do ressentimento e até vira amigo dos adversários.
  • Honestidade: não trapaceia para vencer.
  • Compromisso: cumpre as promessas.

Em nosso cotidiano, não encontramos supervilões para combater em lutas de kung fu. Mas o estilo de Goku ainda cabe perfeitamente a nós.

Na vida, não temos um Mestre Kame, mas conhecemos professores extraordinários, com quem podemos aprender e ensinar muito. Também não saímos por aí atrás das Esferas do Dragão, mas percorremos uma jornada profissional cheia de desafios que nos tiram da zona de conforto.

Salvamos os fracos e oprimidos com um bastão mágico? Não. No entanto, servimos aos outros e tornamos um mundo um lugar melhor por meio do nosso trabalho e ações cotidianas.

Não vamos apanhar do Tao Pai Pai nem nos fortalecer com o Mestre Karim para retomar a luta. Porém, toparemos com funções que não dominamos e realizaremos cursos (ou aprenderemos na marra mesmo) para aperfeiçoar nossas técnicas.

Provavelmente não seremos o mais forte do mundo na força física. Por outro lado, temos nossos sonhos e podemos alcançá-los nos entregando e crescendo por mérito próprio, sem sacanear ninguém.

O menino Goku merece ser mais do que nosso ídolo de infância. Ele cabe como inspiração diária para sermos pessoas melhores, no trabalho e na vida.

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Guilherme Ludwig
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